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Saúde. PAICV denuncia falta de acesso a consultas de especialidade
Sociedade

Saúde. PAICV denuncia falta de acesso a consultas de especialidade

A presidente do principal partido da oposição em Cabo Verde denuncia casos de pessoas que não têm acesso a consultas de especialidade e defendeu uma resposta do Estado para que a saúde seja um direito e não um luxo.

Janira Hopffer Almada, presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), falava aos jornalistas no final de uma visita ao Hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia, com a qual terminou uma manhã dedicada ao setor da saúde, que incluiu também uma passagem pelo Hospital Psiquiátrico da Trindade.

Para a presidente do PAICV, “não obstante os grandes ganhos que o país alcançou desde a independência nacional, em matéria de saúde, que tem sido uma referência no continente, é preciso continuar a trabalhar para que o direito à saúde continue a ser um direito verdadeiramente e não passe a ser um luxo”.

“Temos relatos de que muitas pessoas ainda não têm acesso a consultas de especialidade, que não são disponibilizadas pelos serviços públicos e é preciso pensar que há gente com carências financeiras que, estando doentes ou com familiares doentes, têm de procurar uma resposta”, afirmou.

A dirigente da oposição defendeu que “o Estado não pode assobiar para o lado” e que “tem de poder delinear uma resposta para as consultas de especialidade, onde os serviços públicos não intervenham”.

“Para nós, a saúde é uma prioridade. Se há setor que deve ser priorizado é o da saúde, com um objetivo final: garantir o acesso à saúde a todos os que precisam, consultas de especialidade aos que precisam e não possam pagar, fundamentalmente às famílias carenciadas e numa perspetiva nacional”, sublinhou.

E acrescentou: “Um cidadão que está numa ilha e que não tem acesso a serviços especializados, porque não tem um hospital central na ilha, tem de ter a competente resposta do Estado para poder ter o acesso à saúde onde haja essa resposta. É responsabilidades de que o Estado não se pode demitir”, disse a líder partidária.

As visitas que a líder do PAICV tem realizado têm por objetivo “levar uma mensagem de solidariedade e de conforto àqueles que neste momento encontram-se com a saúde debilitada” e inteirar-se junto das direções desses estabelecimentos hospitalares dos principais constrangimentos e desafios que ainda persistem.

Com Lusa

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Redação