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PAICV diz que MpD deve clarificar sua política sobre regionalização
Política

PAICV diz que MpD deve clarificar sua política sobre regionalização

O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) disse hoje que o Movimento para Democracia (MpD-poder) deve clarificar a sua política sobre a regionalização, acusando-o de ter recusado chegar a consensos com os demais partidos.

“O MpD tem de clarificar a sua política. Todos sabemos que o MpD defendeu a regionalização. Defendeu, e de forma veemente, durante o último mandato do PAICV e assumiu compromissos com a Nação. Diz ter trazido uma proposta ao Parlamento e que foi inviabilizada. Foi inviabilizada porque não se abriu para o diálogo, não se abriu para o consenso”, disse em conferência de imprensa a porta-voz do grupo parlamentar do PAICV, Rosa Rocha.

Segundo a parlamentar, se o Governo do MpD quisesse que a sua proposta de regionalização fosse, efectivamente, validada pelo Parlamento teria sentado com os outros partidos com assento parlamentar, discutido e encontrado os pontos de convergência para que houvesse uma proposta de validação.

“A ministra diz que quer dar mais atenção ao desenvolvimento económico das regiões e eu pergunto se não são duas medidas compatíveis, se a regionalização não poderia impulsionar o desenvolvimento económico das regiões”, disse Rosa Rocha comentando as recentes declarações da ministra da Coesão Territorial, Janine Lélis, que disse que o foco do Governo não é a regionalização administrativa, mas sim o desenvolvimento regional.

Respondendo às questões que colocou, a parlamentar disse achar que é esse o objectivo da regionalização, reduzir as assimetrias regionais.

“É claro que nós temos a questão de outras medidas que devem ser implementadas num amplo programa de reforma do Estado e que a regionalização não deve ser uma medida isolada. Essa é a visão do PAICV, nós temos de analisar esse dossier da regionalização, analisar a questão do parlamento, do dimensionamento do Governo, entre outros, para que nós tenhamos o Governo e as estruturas que o País pode pagar”, defendeu.

Rosa Rocha concluiu, advogando que não se pode aumentar as despesas de funcionamento das estruturas e do Estado sem redimensionar as que podem ser reduzidas para se poder ter despesas de determinados limites, caso contrário, disse, não haverá recursos para o investimento.

Sobre o assunto, o deputado da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID-oposição), António Monteiro, defendeu, por altura das comemorações dos 48 anos da independência de Cabo Verde, que a regionalização, “metida na gaveta há muitos anos”, deve “voltar aos montes e cutelos das ilhas” para que o povo possa “potenciar ainda mais a sua capacidade e somar as sinergias necessárias para o salto qualitativo do nosso desenvolvimento”.

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