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“Estamos a viver uma grande crise de governação e esta crise só se resolve com um novo Governo” -Rui Semedo
Política

“Estamos a viver uma grande crise de governação e esta crise só se resolve com um novo Governo” -Rui Semedo

O presidente do PAICV, Rui Semedo, considerou este fim de semana que Cabo Verde está a viver uma grande crise de governação que só se resolve com um novo Governo liderado pelo seu partido.

Estas declarações foram feitas durante o seu discurso de abertura do ano novo ano político e parlamentar do PAICV, que iniciou com um minuto de silêncio em honra a Georgina Benrós de Mello que faleceu, em Portugal, vítima de doença prolongada.

A malograda, lembrou o partido, foi a primeira secretária do sector urbano da Praia do PAICV, seu membro do Conselho Nacional e ainda representante do PAICV na CPLP.
Rui Semedo iniciou o seu discurso enaltecendo o papel que os presidentes das câmaras têm desempenhado num contexto “difícil” para o mundo, para o país, e num momento de “grande” intolerância da oposição, ou seja, do Movimento para a Democracia (MpD) em relação às autarquias lideradas pelo PAICV.

“Vivemos também uma crise de democracia, temos um Governo que cria todas as dificuldades, todos os obstáculos para os nossos presidentes de câmaras que cumprem a missão de servir aos seus munícipes e aos cabo-verdianos”, afirmou, acrescentando que relacionam com eles como se os recursos do país fossem de pessoas que estão lá a governar.

“Então eu acho que isso é um grande atentado à democracia”, prosseguiu Rui Semedo, que afirmou ser esta a razão mais do que suficiente para o partido juntar as forças, mobilizando todos os cabo-verdianos para “restituir” ao povo cabo-verdiano um Governo digno, que respeita a diferença, que dialoga, que respeita as câmaras, e um Governo que respeita o povo.

Dirigindo uma mensagem aos militantes, amigos e simpatizantes, mas particularmente para a juventude disse que Cabral e o PAICV durante todo o seu percurso mostrou à juventude cabo-verdiana o caminho da terra, mas que neste momento acontece que o Governo do MpD, mais uma vez, está a voltar a mostrar aos jovens cabo-verdianos o caminho da terra longe.

“É claro que estamos a viver várias crises, crises da pobreza, de dificuldades, de aumento de custo de vida, de aumento de preço de produtos, de baixa drástica do poder de compra. Estamos a viver uma grande crise da governação porque temos um Governo insensível, um Governo que não dialoga, um Governo intolerante, um Governo que não respeita a diferença”, argumentou.

Neste sentido, Rui Semedo garantiu que esta crise só se resolve com um novo Governo, reconhecendo que o PAICV tem então que trabalhar para dar a Cabo Verde um novo Governo, à altura de novos desafios de desenvolvimento do país.

“Aliás, não há nenhum sentido a nossa existência enquanto partido se não for instrumento de transformação económica e social para benefício do povo cabo-verdiano”, disse.

Concluindo, o líder do PAICV afirmou que este ano será de grande desafio por se tratar de um ano que conduz às eleições autárquicas, eleições estas que, afiançou, o seu partido tem “grandes” candidatos e tem “tudo” para ganhá-las.

“Temos marcado diferença na gestão autárquica a nível do país pela competência, visão, pela capacidade de prever e realizar, pelo diálogo com os cabo-verdianos, pela humildade e entrega dos nossos camaradas”, salientou, considerando que faltam apenas a remobilização e sentimento de entrega para conquistarem novas câmaras e, assim, “abrir novos horizontes e caminhos para Cabo Verde”.

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