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“Militar de Abril” António Firmino partilha experiências do 25 de Abril e seu impacto na comunidade cabo-verdiana
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“Militar de Abril” António Firmino partilha experiências do 25 de Abril e seu impacto na comunidade cabo-verdiana

O artista plástico António Firmino, natural de São Vicente, residente em Lisboa, relembra os tumultos e o seu papel na revolução, ele que se encontrava a prestar serviço militar durante o 25 de Abril de 1974, em Portugal.

Em declarações à Inforpress, em Lisboa, Firmino sublinhou o impacto “positivo” que a data teve para a comunidade cabo-verdiana.

Na altura, indicou, Cabo Verde era colónia de Portugal, mas que chegou a este país europeu, com 19 anos, para estudar, tendo sido obrigado a entrar para a tropa.

“Fui apanhado para a tropa em 1973”, relembrou Firmino sobre sua entrada nas fileiras militares portuguesas, sustentando que durante o levante do 25 de Abril, ele desempenhou um papel activo como sargento, ocupando instalações estratégicas em Lisboa para garantir a estabilidade durante os tumultos revolucionários.

“Estive lá [instalações da RTP] durante cerca de uma semana com outros militares, segurando as instalações e controlando as comunicações, para evitar contra-golpes”, partilhou, observando que a atmosfera revolucionária trouxe uma mistura de “orgulho e esperança” para ele e seus colegas cabo-verdianos.

“Sentia-me orgulhoso de tomar parte de um movimento tão histórico como o 25 de Abril”, afirmou ele, explicando que para a comunidade cabo-verdiana em Portugal, o evento representou não apenas o fim da ditadura, mas também o início de mudanças benéficas.

“As coisas melhoraram substancialmente”, analisou António Firmino, destacando o “impacto positivo” que o 25 de Abril teve na trajectória de Cabo Verde rumo à independência a 05 de Julho de 1975, e de outras colónias portuguesas.

A Revolução de 25 de Abril, também conhecida como Revolução dos Cravos, refere-se ao movimento político e social, ocorrido a 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933.

Esta acção foi liderada pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na guerra colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos.

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