• Praia
  • 29℃ Praia, Cabo Verde
Cancro na Infância: Nove crianças transferidas para tratamento em Portugal no ano passado
Sociedade

Cancro na Infância: Nove crianças transferidas para tratamento em Portugal no ano passado

O Hospital Universitário Agostinho Neto enviou, em 2021, nove crianças para tratamento de cancro em Portugal, revelou hoje a pediatra Nitza Serena, tendo reiterado que o diagnóstico precoce da doença aumenta a chance de cura.

A médica, que falava em entrevista à Inforpress por ocasião do Dia Internacional do Cancro na Infância, que hoje se assinala, aproveitou para chamar a atenção dos pais e encarregados de educação para os sintomas, sinais precoces, e explicou que os tais sintomas, normalmente, são comuns a outras doenças que não são malignas.

Neste sentido, apelou ainda aos pais a também criarem o hábito de levá-las aconsultas de rotina e também para procurarem um médico, pediatra, todas as vezes que a criança apresentar algum problema de saúde, tendo destacado, assim, a importância do acompanhamento médico.

“Porque o cancro nas crianças é muito agressivo, mas quando é detectado precocemente a criança tem muita chance de curar, porque as crianças respondem muito ao tratamento, mas o diagnóstico deve ser precoce”, esclareceu Nitza Serena.

Quando assim o é, apontou, de 70 a 80 por cento (%) das crianças acabam por “melhorar e vencer” a luta contra o cancro. Mas, caso houver “perda de tempo”, o paciente acaba por ficar com sequelas e até mesmo morrer.

Conforme ainda a pediatra, a leucemia é o tipo de cancro mais prevalente nas crianças em Cabo Verde, mas, acrescentou, há casos de quase todos os tipos de cancro, como tumores do sistema central, linfomas, neuroblastoma, retinoblastoma, cada um com a sua percentagem.

As crianças que vencem esta luta, asseverou esta responsável, continuam a ter acompanhamento, e, “a maioria, para não dizer todos”, é transferida para Portugal.

Entretanto, sublinhou, os pacientes seguem nas consultas em Portugal até chegar nos acompanhamentos que Cabo Verde tem a possibilidade de realizar.

“Pacientes que tiveram cancro, quando, por vezes, os exames mostram que está tudo bem, passamos em média a segui-los de cinco a dez anos”, avançou.

Garantiu que, ainda quanto ao acompanhamento, há uma equipa multidisciplinar, constituída por pediatra, oncologista, fisioterapeuta para casos de reabilitação, hematologistas, biologista e psicólogo.

A data [15 de Fevereiro], criada em 2002 pela Childhood Cancer International (CCI), simboliza uma campanha global para conscientizar sobre o cancro infantil e expressar apoio às crianças e adolescentes com cancro, aos sobreviventes e suas famílias.

Partilhe esta notícia