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UCID crítica credibilidade dos dados do INE sobre redução da pobreza
Política

UCID crítica credibilidade dos dados do INE sobre redução da pobreza

O presidente da UCID disse hoje que não viu as medidas do Governo que levassem à redução da pobreza e da pobreza extrema no País, pelo que não vale a pena produzir números para “satisfazer as inquietudes do Governo”.

O presidente da UCID, João Santos Luís, falava em conferência de imprensa, em São Vicente, em reação aos dados sobre a situação da pobreza em Cabo Verde divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que apontou à redução da pobreza da 22,2 por cento (%) para 20,2% e da pobreza extrema de 11,8 % para 9,4%.

“Depois do anúncio do INE, o ministro da Família e da Inclusão Social apareceu logo na comunicação social a vangloriar- se de que o Governo está num bom caminho e que as medidas são de facto apropriadas para reduzir a pobreza e a extrema pobreza, o que não é verdade”, criticou.

No entender de João Luís, a pobreza e a extrema pobreza não se reduz de um mês para outro ou de um trimestre para outro. Aliás, referiu, a pobreza sequer vem sendo estagnada por culpa do Governo porque não tem conseguido aproveitar os recursos que o país tem.

“É só ver a nível individual para constatar que os dados estão péssimos”, exemplificou o presidente da UCID, citando o caso da ilha do Maio com 38,8% da pobreza global “quando tem potencialidade de desenvolvimento”.

“A ilha de São Nicolau, com potencialidades na agricultura e turismo tem 14,8% das pessoas em extrema pobreza, o Maio 11,5 % e o Fogo 14,5 % o que prova que as medidas que o Governo tem vindo a implementar não são medidas eficazes mesmo, confiando nos dados do INE.

“Nós todos estamos a viver em Cabo Verde, todos nós vamos a todas as ilhas e estamos a ver claramente qual é a situação que as pessoas estão a viver. Em termos estruturantes não foram tomadas medidas que pudessem impactar na redução da pobreza global e da pobreza extrema no país”, considerou.

Segundo João Luís, o actual Governo, suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD) tem adoptado medidas assistencialistas à semelhança do Governo do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) como por exemplo, consertou, introduziu o rendimento social de inclusão apenas dois anos antes das eleições para garantir o voto não a trabalhar para o país.

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