Certo dia, no ano de 2012, desloquei-me ao ministério das finanças como pensionista, embora a contragosto, para fazer a prova de vida presencial a que todos nós idosos éramos obrigados para podermos receber a nossa “bufunfa”, no fim do mês.
Nota oficial da Direcção do Hospital Santa Rita Vieira a explicar a morte, por enforcamento, de um paciente dentro desse estabelecimento de saúde. O documento reafirma a versão de suicídio do paciente João Vieira Semedo, de 44 anos, noticiado por este diário digital esta manhã.
O acesso à saúde é um direito constitucionalmente consagrado, competindo ao Estado garantir que tal se concretize e que seja universalmente acessível e com qualidade. Todos têm direito à saúde, independentemente das suas condições socioecónomicas.
Mais de sete mil pacientes foram internados, entre 2013 e 2017, no hospital regional João Morais, em Santo Antão, dos quais 10% tinham como diagnostico o alcoolismo, conforme dados avançados por essa unidade hospitalar.
Cabo Verde registou 247 casos de tuberculose em 2017, sendo que 227 foram casos novos (92%) e 14 recaídas (5,7%), enquanto em 2016 foram 258 casos, dos quais 222 novos e 18 recaídas.
Este aposentado, já idoso, insurge-se contra a humilhação a que estão sujeitos os reformados para fazer a prova de vida presencial no Ministério das Finanças, muitos a braços com graves problemas de saúde que os impede de se deslocarem, sem ajuda alheia, ao Plateau, apenas para que fique oficialmente provado que ainda estão vivos. Varela defende que esta prova poderia ser feita pelos Serviços de Registos e Notariado, "já que ninguém deixa este mundo sem o passaporte oficial (registo de óbito).