O emigrante cabo-verdiano nos Estados Unidos, Romão Barros, comprou o navio porta-contentores dado como perdido a favor do Estado de Cabo Verde após a maior apreensão de droga no arquipélago, conforme proposta de concurso público hoje aberta.
O procurador-geral da República, Luís José Landim, afirmou esta quinta-feira, 5 de março, que a falta de cooperação e cedência de informações por parte de alguns países tem dificultado o trabalho do país na investigação e desmantelamento de redes de tráfico de drogas.
O Ministério Público cabo-verdiano pediu o máximo de 18 anos de prisão para o capitão russo do navio apreendido com quase 10 toneladas de cocaína, a maior no país, enquanto a defesa pediu absolvição de todos os arguidos.
Agentes dos EUA terão interrogado o capitão do navio ESER clandestinamente em solo cabo-verdiano e sem a presença de um advogado. Sergey Kotrovskii revelou este dado esta manhã no segundo dia do julgamento dos onze tripulantes russos do cargueiro flagrado no ano passado com dez toneladas de cocaína a bordo.
Começou esta manhã, 27, o julgamento dos onze cidadãos russos tripulantes do navio ESER flagrados em Janeiro do ano passado com 10 toneladas de cocaína a bordo, calculados em 800 milhões de euros em dinheiro. A carga pertenceria, segundo a imprensa britânica, a um grupo da máfia irlandesa chamada The Kinahan.
O capitão do cargueiro ESER, flagrado no ano passado na Praia com dez toneladas de cocaína a bordo, foi o único dos 11 arguidos no processo a ser interrogado durante toda a manhã desta segunda-feira, 27, data de arranque do julgamento do caso conhecido como "Operação ESER". Negou ter conhecimento de droga a bordo, mas indicou seu possível dono.
Faleceu na noite de ontem no Hospital Agostinho Neto um dos 12 cidadãos russos presos na cadeia central da Praia depois de flagrados pela Polícia Judiciária, no ano passado, com 10 toneladas de cocaína a abordo do cargueiro ESER. Julgamento começa dia 27 deste mês.