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Segurança. Governo quer acabar com a impunidade
Sociedade

Segurança. Governo quer acabar com a impunidade

No dia em que se comemoram os 147 anos da Polícia Nacional, o primeiro-ministro condecorou a instituição policial com a medalha de mérito de 1º grau. E aproveitou a ocasião para exigir, de todo o sistema, um combate forte contra a impunidade dos suspeitos de crimes.

A Polícia Nacional assinalou esta quarta-feira, 15 de Novembro, 147 anos da sua criação com um acto central das comemorações que teve lugar no Auditório Nacional Jorge Barbosa e no qual foi condecorado com medalha de mérito do 1º grau, pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que exigiu um trabalho forte no combate á impunidade.

Para o Governo, a condecoração da Polícia Nacional é o reconhecimento do “relevante trabalho” que a instituição vem desempenhando a bem da nação, assim como o esforço meritório que tem vindo a realizar durante os 147 anos da sua existência, garantindo a segurança das pessoas e bens em Cabo Verde.

“No quadro das competências, de separação dos poderes e da independência dos órgãos da justiça, é preciso que todo o sistema se convirja, para dar um combate muito forte à impunidade, porque a noção de impunidade, cria intranquilidade e relações de falta de confiança dos cidadãos com as instituições”, disse.

Só assim, e com um investimento forte na administração da justiça, no entender do primeiro-ministro, que o esforço de prevenção e de combate que se faz, seja um esforço de que os casos que tiverem que ser levados ao tribunal ou investigados, possam ser consequentes.

Ulisses Correia e Silva aproveitou a ocasião para reforçar o compromisso do governo em continuar a investir na Polícia Nacional e outras instituições que têm como missão a garantia de segurança, como a PN e a Polícia Judiciária (PJ), e a criar condições para garantir a segurança das pessoas e "tornar Cabo Verde cada vez mais um país mais seguro".

Depois de receber a condecoração do Governo em nome da instituição, o diretor nacional da Polícia Nacional, Emanuel Estaline Moreno, disse na presença de vários efetivos e convidados como o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o procurador geral da República, os deputados nacionais e municipais e autoridades civis e religiosas, que a distinção só engrandece e aumenta a responsabilidade social da corporação.

“Se por um lado, esta distinção engrandece e muito nos honra, por outro, estamos conscientes de que a mesma aumenta a nossa responsabilidade. Porém, com esforço e empenho de todos, mais e melhores resultados teremos pela frente” disse, sublinhando que essa medalha “enche a instituição de orgulho e satisfação, e ao mesmo tempo constitui um “alento para continuar firme no exercício da missão”.

Emanuel Estaline Moreno anunciou, também, que o trabalho que a PN tem dados os seus frutos, porque de Janeiro a Setembro do corrente ano houve uma diminuição de 40% de homicídios a nível nacional. Segundo o director nacional da PN, na Praia a redução de crimes de assassinato caiu 65% em relação ao mesmo período de 2016.

Por sua vez, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, disse que encontram-se, neste momento, em formação, 120 efetivos da Polícia Nacional, uma instituição que tem um total de mais de 1.800 efetivos. Entretanto, hoje foram promovidos 211 efetivos da Polícia Nacional, sendo 19 oficiais subalternos, 41 subchefes e 151 oficiais de carreira de agentes.

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Redação