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ASA “obriga” funcionárias a trabalhar de saltos altos. Descontentes, algumas já recorreram a advogados
Sociedade

ASA “obriga” funcionárias a trabalhar de saltos altos. Descontentes, algumas já recorreram a advogados

Algumas funcionárias visadas (são 20) já accionaram a assistência jurídica. Conselho de Administra da ASA pode reunir a qualquer momento para decidar sobre este assunto que poderá ditar a queda do director de operações, Victor Barros, patrono da decisão.

A ASA, empresa Nacional de Aeroporto e Segurança Aérea, emitiu uma nota de instrução de Serviço, ordenando que todas as assistentes de apoio a passageiros do Aeroporto da Praia passassem a usar sapatos de saltos altos. O documento, assinado pelo chefe de Serviço de Operações, Victor Barros, não caiu no agrado das funcionárias e de muitos outros colaboradores da empresa.

Tanto assim é que algumas já recorreram aos serviços de advogados para fazer valer os seus direitos. Ao que consta a lei laboral em vigor não permite tal medida da parte das entidades empregadoras do país. 

O assunto, que acabou por ser divulgado através da página de Facebook de um advogado da praça, já se tornou viral nas redes sociais. Na instrução de serviço nº VBR/15/03/18 e publicado no dia 4 de Abril corrente, Victor Barros terá ordenado a todas as assistentes de apoio a passageiros do Aeroporto Internacional da Praia – Nelson Mandela - que passassem a usar saltos altos durante o horário de serviço.

Ao todo são 20 funcionárias afectadas por esta medida, que fere os seus direitos enquanto mulheres e cidadãs, sobretudo porque a ordem nem sequer explica os motivos que levaram a empresa, na pessoa de chefe de operações do Aeroporto da Praia, a tomar esta decisão..

Lê-se ainda no post do advogado que, ao manifestarem-se descontentes, as assistentes de apoio a passageiros terão sofrido ameaças de “procedimentos disciplinares” caso não começarem imediatamente a usar salto alto, “ainda que tenham problemas de coluna, joanetes, e outros problemas de saúde que desaconselham o uso de salto alto”. E pede: “quem de direito tem que tomar medidas contra esta instrução no mínimo ridícula”.

Sabe-se, entretanto, que após o vazamento desta medida nas redes sociais e consequente protesto por parte dos internautas, o assunto vai ser analisado junto do Conselho da Administração da ASA e da Direção do Aeroporto Internacional da Praia Nelson, Mandela, por forma a saber que medidas tomar em relação ao de chefe de Serviço de Operações, Victor Barros.

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Redação