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Edvânia. Conclusão e realidade divergentes
Ponto de Vista

Edvânia. Conclusão e realidade divergentes

Tomei conhecimento, no dia 13 deste mês de Julho de 2018, por conclusão da PJ, que as “OSSADAS” encontradas em 14 de Janeiro deste mesmo ano, nos arredores de Achada Grande Trás, são da criança desaparecida em Novembro de 2017, p.p., que residia em Achada Eugénio Lima, de nome Edvânia.

Aquando do achamento das referidas “ossadas” autoridades afirmaram que pareciam ser de uma “senhora”

Ontem concluiu-se que são da criança Edvânia. O que leva alguém responsável a afirmar ontem que as “ossadas” eram de uma mulher e dois meses depois serem de uma criança?

Alguém que tenha tido a oportunidade de ler algumas páginas do Manual de Medicina Legal, chegará sem muito esforço à conclusão, de que tal confirmação não condiz com a realidade pois que não há nenhum cadáver, de uma pessoa, sobretudo criança e com pouca gordura corporal, que em DOIS MESES E QUATRO DIAS seja considerado que tenha sido um período consumptivo das partes moles.

Efetivamente, todos sabemos que um cadáver que leva (dependendo de alguns fatores), muito tempo para se decompor e virar esqueleto e este muito mais tempo para se tornar ossada, sendo certo, que aquele Manual de Medicina Legal, sobre ossadas” diz o seguinte:

“Com efeito, às mais das vezes, os achados correspondem não a esqueletos, e sim a simples e despretensiosas ossadas.

Entende-se por ossada, em Medicina Legal, a um “amontoado de ossos, restos ou partes do esqueleto” (Zacharias &Zacharias,1988.

Pelo que, não é crível que SESSENTA E QUATRO DIAS, contados a partir da data do desaparecimento da Edvânia e do achamento das “ossadas”, seja tempo razoável para que o cadáver dela seja transformado em “OSSADAS” o que, conforme o já aludido Manual de Medicina Legal, esse processo leva anos e no caso da Edvânia muitos mais anos por ser criança e magrinha, qualidades que retardam a decomposição.

Enterrada, havia dois meses, não disseram se encontraram algum tipo de roupa, nenhum grão das continhas que ela pendurava nos cabelos, nenhum cabelo no crânio, como é que concluíram serem dela as “ossadas”? Apenas pelo DNA? Se sim, desta vez a ciência enganou as pessoas, levando a que a conclusão e a realidade se colidem!

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Redação