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Maritza Rosabal. Venda do Liceu da Várzea é um óptimo negócio
Política

Maritza Rosabal. Venda do Liceu da Várzea é um óptimo negócio

A ministra da Educação afirmou esta quarta-feira, 8 de maio, aos jornalistas que a venda da Escola Secundária Cónego Jacinto, na Várzea, foi um “óptimo negócio” porque o Sistema Educativo está em transformação e é preciso adequar-se à realidade educativa.

Maritza Rosabal, que falava aos jornalistas durante o II Simpósio Nacional da Família e Inclusão Social, explicou que na cidade da Praia há muitas dificuldades para a rede educativa e a venda do liceu vai permitir redimensionar a rede educativa na estação Várzea-Terra Branca, vão ser requalificadas e ampliadas três escolas, uma na Várzea e  duas na Terra Branca para que  se transformem em complexos educativos que recebem alunos desde o 1º até ao 8º ano de escolaridade.

Para além disso, acrescentou, também vai permitir relocalizar o Liceu da Várzea e vocacioná-lo para aquilo que é o Ensino Secundário, abarcando toda a faixa que começa do 9º, 10º, 11º e 12º anos e a todas as opções que se prendem com o Ensino Secundário.

“É uma ótima intervenção, sobretudo porque vai fluidificar a rede, vai criar novas oportunidades e permitir que os alunos até o fim do Ensino Básico, que é o 8º ano, estejam nas suas zonas. Por exemplo, na Terra Branca temos uma escola privada para o Ensino Secundário, mas não temos escolas que levam os alunos até ao 8º ano de escolaridade. Vamos manter esta possibilidade nas zonas de Terra Branca e Bela Vista em função dos fluxos e na Várzea vamos ter uma escola secundária”, clarificou Maritza Rosabal.

Conforme indicou a ministra, o prazo para a deslocalização do Liceu da Várzea é de dois anos e as futuras instalações serão edificadas na zona do Taiti.

A Escola Secundária Cónego Jacinto situa-se paredes-meias com o palácio do Governo e alberga à volta de 1800 alunos, 110 professores e 20 funcionários.  No entanto, o Governo, através de uma portaria publicada no Boletim Oficial do dia 6 de Maio, autorizou a sua venda à Embaixada dos EUA para que se possam ali construir as novas instalações diplomáticas.

O Governo justifica que, com as “necessidades futuras e a nova dinâmica” para o ensino em Cabo Verde, a actual instalação não se adequa às necessidades futuras, devido ao crescimento populacional na área abrangida e à integração de ensino do 1º ao 12º ano de escolaridade.

Mais, justifica-se na portaria, assinada pelos ministros das Finanças e dos Negócios Estrangeiros, que é do interesse do Estado de Cabo Verde a realização, no local, do projecto apresentado pela Embaixada dos EUA, tendo em atenção “os impactos na geração de emprego, na dinamização económica e na relação protocolar existente” entre os dois Estados.

Com Inforpress

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Redação