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O poder do sentimentalismo
Colunista

O poder do sentimentalismo

Cuidado quando o coração esquece que a razão existe. O sentimentalismo carrega sobre si o peso da emoção, causando o bloqueio da razão, dificultando a gestão dos desafios que a vida nos apresenta.

Pessoas perdem a vida e se perdem nas decisões, pela presença incomum do sentimentalismo. Estamos diariamente enfrentando situações em que cedemos ao sentimentalismo ou reforçamos o caráter da nossa mente racional. Limitamos a nossa análise em várias situações cruciais da vida, porque não conseguimos permanecer na lógica cognitiva.

Imiscuímos da razão fundamental, preferindo a escolha mais fácil, isto é, embarcamos no que sentimos no imediato. Perdemos o senso crítico no sentido lógico-racional, alterando todo o processo. As nossas relações interpessoais em vários domínios, se acabam e se complicam pelo uso do sentimentalismo.

Tudo podia ser diferente, se a razão pura fosse usada na análise de toda situação. Se a frieza positiva e construtiva fosse um elemento a ser levado em alta conta.

O sentimentalismo é o caminho mais fácil nos momentos mais delicados. Em geral, quando enfrentamos um desafio delicado, a tendência é assumirmos um comportamento sentimentalista. A maturidade, o desenvolvimento pessoal, familiar e social, dependem da forma como fazemos uso dos sentimentos.

As tristezas, as decepções, as saudades, as culpas, as dores, são áreas específicas na nossa relação diária com as pessoas, nos instrumentalizam a sermos mais fortes e experientes, contribuindo para uma base emocional autêntica, agregando boa capacidade de resposta diante dos desafios. Vivemos realidades amargas, porque ignoramos factos como decepções, dores e desafios da vida.

Confinamos a nossa vida no ciclo de um enredo sentimentalista.  Esquecemos que a vida é concreta e nos impõe o uso permanente da razão e a isenção do sentimentalismo. Nosso sucesso em quase todas as áreas da vida depende de como tratamos e lidamos com o campo sentimental em múltiplas áreas.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine