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Petróleo em Cabo Verde? "Descoberta de grandes reservas no Senegal é bom prenúncio”
Economia

Petróleo em Cabo Verde? "Descoberta de grandes reservas no Senegal é bom prenúncio”

António Lobo de Pina disse esta terça-feira, 4, que as “grandes reservas” de petróleo encontradas no Senegal são “bons prenúncios” para Cabo Verde, reforçando que apenas estudos poderão confirmar agora a existência ou não do "ouro negro" nas águas territoriais cabo-verdianas, tendo em conta a proximidade com o Senegal, país que tem fronteiras marítimas com o nosso arquipélago. 

“São os estudos que nos podem dizer se há ou não o  petróleo nas águas territoriais cabo-verdianas” afirmou investigador cabo-verdiano, lembrando que no Senegal, país que tem fronteiras marítimas com o arquipélago, foram encontradas “grandes reservas”, o que o leva a acreditar que só os estudos poderão confirmar se existe ou não “ouro negro” nas águas territoriais de Cabo Verde.

O investigador fez estas declarações ao ser abordado, à margem da VIII Reunião Ministerial Sub-regional do Comité de Ligação sobre o Limite Exterior da Plataforma Continental para além ds 200 milhas náuticas, em relação a uma eventual hipótese da existência de petróleo nas águas de Cabo Verde.

Para este professor universitário, só os estudos podem confirmar da existência ou não do outro negro no arquipélago. Instado se o país podia fazer tais estudos, Lobo de Pina respondeu nesses termos: “Por que não? Entendo que sim”.

Enquanto investigador, prosseguiu, “entendo que a gente só diz não quando realizar estudos. Se tivermos um estudo podemos afirmar quais são as potencialidades ou não”.

Segundo aquele geólogo, a reunião que neste momento está a decorrer na Cidade da Praia  é um “projecto regional” que teve o seu embrião a partir de 2008/2009, com a realização de um encontro em Abuja (Nigéria), tendo a primeira fase sido concluída em 2014.

Em Setembro de 2015, Cabo Verde defendeu a extensão do seu direito marítimo para além das 200 milhas náuticas.

“O nosso objectivo é o de estendermos a nossa zona económica exclusiva até o máximo de 350 milhas náuticas, aquilo que as Nações Unidas nos permitem”, sublinhou António Lobo de Pina, que espera que nos próximos cinco ou seis anos a ONU chame a região, da qual faz parte Cabo Verde,  a responder sobre a proposta já apresentada.

“Neste momento, estamos na fila de espera porque há muitos países que também submeteram os seus respectivos dossiês às Nações Unidas”, avançou.

Esta VIII Ministerial Sub-regional conta com a presença de membros governamentais de Cabo Verde, Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné Conacri, Mauritânia, Senegal e Serra Leoa, grupo de países que apresentaram, a 25 de Setembro de 2014, a submissão conjunta de extensão das respectivas plataformas continentais junto da divisão das Nações Unidas.

Com Inforpress

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Redação