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País real
Cultura

País real

1. Crónicas são crónicas. São o somatório dos nossos olhares sublimares sobre o nosso quotidiano e da nossa imaginação fingidas ou não fingidas. Estamos, hoje, cada vez mais, cercados de objetos e gestos e tentamos perceber de que é que eles nos falam ou comunicam. Longe do segredo de DAN BROWN no seu romance “O SÍMBOLO Perdido” ao caracterizá-lo como ”o mais extraordinário e chocante fenómeno que se esconde diante dos nossos olhos”.

2. Porém, as crónicas não escondem nada. Surgem como rios de flores com a intensidade fluída das lavas ou como as ondas salpicadas do mar a quebrarem numa praia de areia negra ou como aventura avassaladora das narrativas empolgantes. É também a descrição mais sublimar e fluída do país real na pena do prosador-mor na primeira pessoa do singular ou do plural com os irritantes holofotes ou faróis a indicarem-nos abrigos seguros. Onde há bastas vezes a descrição criativa do fervilhar ou da coscuvilhice saloia que é uma forma de se situar e de sentir diante das coisas da vida no mundo como se o meu ego fosse pilar na terra firme. Caminhar é preciso. Sem nervos! Sem nervos! Sem o horror do mesmo para que na veia do sujeito da narrativa corra… corra com humor ácido e visceral as histórias vivenciadas, contadas ou so-le-tra-das com palpites de apimentados enredos e pinceladas sonhadas mil vezes. Mesmo que o narrador seja “um fingidor” e fique na corda bamba por alguns dias ao invadir os espaços íntimos de pessoas que têm ou não ligações com o Satanás.

3. Mesmo que com a força do verbo se lance em boatos de que num Hotel na cidade da Praia, foi encontrado um casal de italianos enforcados num pé da acácia (julisflora) ou que nos States um cliente encontrou minhocas nos «hamburgers» da McDonald’s Corporation num restaurante à frente da sede do “The Wall Street Journal”, no coração da“New York City”. Dá para recordar também o André Bareau a narrar a vida e os ensinamentos do Buda! Que é por entre as brumas da lenda que chegam até nós a pessoa e a vida de Gautama, o Buda. Um perfeito auto domínio que nem o desejo, nem o ódio, nem o medo, nem a cólera podiam jamais perturbar, uma inteligência lúdica e profunda.

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Redação