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Molduras de preconceito
Cultura

Molduras de preconceito



Não tem uma data de início programado
Cada um sente e vive isso do seu jeito
Mas pela sociedade foi formatado
Estando fora do casulo você é visto como imperfeito

Diz-se que vem do coração
Não sei se é verdade
Sei que envolve sentimento e paixão
Como o selo da felicidade

Quando é verdadeiro 
A perda é dolorosa
Quando é algo passageiro
São como rosas
Hoje estão na mesa da sala
Amanhã enterrada em qualquer vala

Uns escondem seu amor em gavetas
Pois essa sociedade está cheia de etiquetas 
Encaixadas em molduras de preconceitos
Críticos de plantão acham-se os perfeitos

Todos tem direito de viver seu amor na luz do dia
Mas a sociedade tenta tapar o sol com peneira
Os críticos sempre tem vivências obscuras 
Mas não expõe à luz o que vivem às escuras

Acredito que não existe um único conceito de amor
Pois cada um sente sua própria dor
Dor de uns, dor da solidão
De outros, dor da perseguição

Vamos amar no conceito que se traduz na felicidade 
Não nas molduras criadas pela sociedade 
A magia do amor não cabe em molduras 
Mas sim nas loucuras

Lucindo Cardoso de Pina

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SOBRE O AUTOR

Redação